José é peruano, Tomasz polonês.
Vivem em Roraima, dedicando sua vocação missionária aos povos indígenas Macuxi
e Wapixana. Bernardino é um jovem do Togo, será ordenado diácono no final desse
ano. Vive a Salvador, acompanhando os afrodescendentes na capital negra do
Brasil.
Como missionários, sentimo-nos
convocados pelas fronteiras. Geográficas, porque a igreja brasileira é chamada
até a fronteira amazônica; culturais, em defesa dos valores e costumes das comunidades
marginalizadas pelo modelo de desenvolvimento hegemônico; religiosas, sendo
pontes de diálogo entre diversas tradições que buscam o Espírito divino;
eclesiais, porque a vida religiosa deve sempre estimular a Igreja à renovação e
à conversão aos mais pobres.
Nós combonianos acabamos de definir
o Plano de Evangelização para os próximos seis anos. Comprometemo-nos a “ser
nas fronteiras testemunhas e profetas de relações fraternas, baseadas no
perdão, na misericórdia e na alegria do Evangelho”.
Priorizamos quatro áreas de
trabalho: evangelização e Amazônia, evangelização e direitos humanos nas
periferias urbanas, evangelização e afrodescendentes, evangelização e promoção
vocacional missionária.
Assumimos o cuidado pastoral de comunidades cristãs populares,
ou um serviço específico à igreja local, como a formação bíblica, a pastoral
carcerária, a colaboração com movimentos de defesa dos direitos humanos, o
acompanhamento de crianças e adolescentes em situações de risco, a Rede
Eclesial Panamazônica, a promoção da saúde integral e a educação comunitária à
reconciliação e ao perdão.
Somos conscientes de nossos
limites: um grupo pequeno, frágil e com suas contradições.
Para não trair nossa
missão, acreditamos na importância dos lugares em que escolhemos estar: quanto
mais mergulhados entre as pessoas simples, em seu sofrimento e sonhos, tanto
mais seremos fieis à vida delas e testemunharemos que a vocação missionária faz
sentido.
Seremos uma presença simples em situações difíceis, muitas vezes sem
grandes competências ou capacidades de transformação, mas sempre sinais de
esperança e 'r-existência'.
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