Vida e Missão neste chão

Uma vida em Açailândia (MA), agora itinerante por todo o Brasil...
Tentando assumir os desafios e os sonhos das pessoas e da natureza que geme nas dores de um parto. Esse blog para partilhar a caminhada e levantar perguntas: o que significa missão hoje? Onde mora Deus?
Vamos dialogar sobre isso. Forte abraço!
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@dariocombo; Foto: Marcelo Cruz

venerdì 19 febbraio 2016

Nasce a Rede Eclesial Panamazónica no Brasil



Pastorais sociais, assessores políticos, jovens e mulheres empenhadas na causa socioambiental, religiosos e religiosas comprometidos em diversos setores da Amazônia encontraram-se por dois dias na sede da CNBB, em Brasília.
É uma tentativa de resposta ao grito da Amazônia, às violações dos direitos indígenas, às crescentes preocupações sobre as mudanças climáticas e aos apelos de Papa Francisco para que tenhamos misericórdia para com a Mãe Terra.

Essas pessoas foram convocadas pela Comissão Episcopal para a Amazônia no intuito de criar o núcleo da Red Eclesial Panamazónica (REPAM) no Brasil. Em nível Panamazónico a REPAM já existe desde 2014, nascida a partir de uma provocação de Papa Francisco em diálogo com muitos setores da igreja dessa região.
Francisco disse, a Rio de Janeiro em 2013: “A igreja não está na Amazônia como quem está de malas pronta para sair logo depois de explorar seus recursos. Desde o princípio está presente nela com missionários, congregações religiosas, sacerdotes, leigos e bispo, e sua presença é determinante para o futuro da região”.

Ao longo do último ano, a REPAM fortaleceu-se e cresceu significativamente. Com voz profética e a serviço da vida, da criação, dos pobres e do bem comum, a Red Eclesial Panamazónica propõe potencializar de maneira articulada a ação da Igreja no território panamazônico. 
As entidades fundadoras são o Departamiento Justicia y Solidaridad de la Comisión Episcopal Latinoamericana (DEJUSOL-CELAM), a Comissão para a Amazônia da CNBB, o Pontifício Conselho Justiça e Paz, o Secretariado Latinoamericano e Caribe das Cáritas (SELACC) e a Conferência Latinoamericana das Religiosas/os (CLAR).

Fundada numa espiritualidade encarnada a partir do protagonismo dos povos indígenas e dos grupos vulneráveis, assumiu algumas frentes prioritárias de ação: formação e métodos pastorais em perspectiva itinerante, direitos humanos e incidência nas instituições nacionais e internacionais de defesa dos mesmos, bem-viver e alternativas ao desenvolvimento e às mudança climáticas.
Está consolidando alianças com redes internacionais ligadas à Igreja e se faz progressivamente conhecer pelas comunidades dos diversos territórios amazônicos.

Nesse mês de fevereiro, a primeira reunião do núcleo brasileiro da REPAM definiu, entre outros encaminhamentos, uma sequência de doze seminários sobre a encíclica Laudato Sí, a serem realizados em cada uma das dioceses da Amazônia, de junho 2016 a novembro de 2017. 
Os seminários serão ocasião de mobilização das forças vivas que, ‘nas bases’, se empenham em defesa da vida em cada território. Essas pessoas e comunidades poderão sentir a REPAM como uma aliada, e os bispos locais serão incentivados a incluir os temas debatidos dentro de suas práticas e programações diocesanas.

Os Missionários Combonianos continuam membros ativos do comitê ampliado da REPAM e se empenham, apesar de seus limites e fragilidade institucional, a proteger cada vida e preparar um futuro melhor, para que venha o Reino de justiça, paz, amor e beleza.

Encontra-se aqui a matéria da CNBB sobre o evento.

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